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domingo, 29 de maio de 2011

Começos, meios e fins....

"Eu sempre me apaixono por você. Todas as vezes que te vi, eu sempre me apaixonei por você." (Tati Bernardi)

E quando eu menos espera você aparece. Depois de anos, quando não restava mais sentimento algum que não fosse o esquecimento, você ressurge. Como quem não quer nada e como que nada fez. O interfone toca, ouço a sua voz e não entendo nada. Você veio arrependido, ou pelo menos pareceu estar. Isso resultou para mim em uma noite mal dormida e uns pensamentos aleatórios meio vagos: o que será de mim agora? Tanto tempo sem nem cogitar a possibilidade de voltar a saber da sua vida, tinha até me acostumado. Músicas de amor costumam falar que um dia a pessoa percebe que perdeu e se arrepende, mas eu sei que não era aquele o motivo de você me procurar, era puro desencargo de consciência. E tudo bem, meu amor, eu te perdôo, afinal, nada amolece mais o meu coração do que o seu sorrisinho tímido e o seu jeito de falar. Tanto foi desencargo de consciência que você sumiu de novo. E passaram-se anos, e eu sabia que daquele dia em diante a única coisa que tinha mudado era: você estava mais leve por ter sido perdoado e eu, mesmo sem acreditar, fiquei feliz pelo gesto de carinho e arrependimento. Quando pensava em você meu coração acelerava, eu abraçava o ursinho de pelúcia mais forte e pedia a Deus pra te proteger. E quando me perguntavam: e você e ele? Eu dizia: dele eu quero distância. E queria mesmo, sabia que qualquer atitude sua em relação a mim me desarmaria por inteira. Dito e feito. Hoje nós dois estamos pagando pelo que fizemos. Tudo que estamos passando hoje é consequencia da nossa imaturidade. Não julgo você e nem a mim, tanto que prefiro esquecer tudo o que passou entre nós de ruim. As pessoas que mais me amam nesse mundo querem te ver longe de mim, elas não gostam nem quando é falado o seu nome, e você sabe o porque, tudo fruto da sua imaturidade e loucura, loucura que ainda te acompanha, mesmo que em menor proporção. E eu, pago por ter falado tão mal de você, por ter aumentado as coisas e ter feito todo mundo concordar que você era o errado da história. Mas eu fiz isso para aguentar a dor que eu senti, eu tinha que suportar de algum jeito, e esse foi a minha válvula de escape. Eu não podia aceitar isso, mesmo se eu quisesse. Na medida em que as coisas aconteciam, eu chorava de tristeza, todas às vezes, acredito que nunca chorei de raiva. Mas a pressão era muita: "amiga, ele não te merece, ele é um filho da puta" e isso foi tomando conta de mim. Foram inúmeras sacanagens que você fez comigo e acho que você não tem ideia da proporção, e talvez nem eu tenha, porque hoje, eu te perdoei. Não só te perdoei como quero poder pegar você no colo e cuidar de você, quero poder ficar horas olhando pro seu olho e sorrindo. Quero e não quero. Sempre disse que eu me conhecia de mais, que sempre sabia quais seriam os meus próximos passos e até onde eu podia chegar. Engano meu. Esses últimos dias tenho ficado perturbada com o tanto que as coisas estão mudando. Será que é o tal amadurecimento? Logo eu que sempre me senti tão madura? Sei que tá estranho. Depois de todo esse turbilhão de acontecimentos, casos mal resolvidos entre nós dois, você voltou mais uma vez. No dia que eu te reencontrei te vi e comecei a tremer. Já tinha assumido pra mim que o que eu senti era um sentimento sem igual, tinha assumido para mim que você não podia ser uma pessoa tão ruim. As pessoas me diziam: ele mudou! Tudo bem, então vamos lá, porque não? E nesse dia você me surpreendeu mais ainda, a mim e a todas aquelas pessoas que me diziam no passado: “não fala desse menino, ele não te merece.” A rápida mudança de pensamento das minhas amigas me fez pensar bastante. Será mesmo que ele mudou? Vale à pena acreditar que nossa história vai ter continuidade? Preferi, sem fazer esforço (o que mais me intriga) que não queria nada além daquilo, de uma noite, uns beijos e declarações de amor. No começo eu apelava pra tudo pra te esquecer, era quase que um trabalho diário de controle de pensamento, de ocupar minhas mãos para não pegar o meu celular e te ligar, uma necessidade de te ver longe de mim. E hoje eu penso em você simplesmente quando eu quero, será que é resultado do meu esforço de antes? Só sei que quando eu te vejo, eu não quero saber do que você pensa de mim, de como foi eu e você no passado, do que você fez ou deixou de fazer, não quero saber dos seus amigos, pra onde você vai. Quando eu estou com você eu só quero aproveitar aquele tempo, quero poder te beijar, te abraçar, te sentir, te olhar. E pra mim a nossa história dura as horas que duram o nosso encontro, com começo meio e fim. Não quero saber de juras, de satisfações, de SMS, quero saber se um dia vamos encontrar de novo e fico esperando quando vai ser a próxima vez que você vai fazer o que é de seu costume: aparecer de repente! Acho que é isso que dá todo o brilho pra essa história continuar, e continuar desse jeito. E se por acaso o rumo da história mudar que seja como você: de repente!

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