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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Desabafando ...
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Ele insiste em lembrar de você
Me acalmava tanto as nossas conversas. O que você tinha? Aliás, o que você tem?
Semanas atrás sonhei com você por noites seguidas. Desta vez o sonho foi tão diferente, queria que soubesse disso. Acordei tão calma, tão feliz e não passei mal como das outras vezes. Os sonhos eram normais, nem um pouco parecidos com contos de fadas e nem ao menos trocamos palavras, mas seus olhos estavam sempre fixos em mim. Me ajuda a entender esse seu olhar? Sempre quis isso, mas agora ele está totalmente fora do meu alcance!
Por diversas vezes simulei um início de conversa com você, nada feito. Todas as teclas do teclado me encorajam e justo o ENTER me mostra a realidade e as consequências de tudo aquilo. Queria que isso fosse dito a você. Sei que tanta coisa impede isso e a única forma de tirar tudo de dentro de mim é aqui, nesse blog que você jamais irá ler.
Depois de tanto pensar, a única conclusão que cheguei é que tudo morreu. Às vezes tenho em mim a certeza de nunca mais te ver, de nunca mais poder falar com você. Essa certeza aperta ainda mais o meu coração e dói, dói!
Como já disse não tenho saudades, são apenas as lembranças que insistem em atormentar.
Me conte de você ? Diga que está feliz, por mais que isso possa aumentar a minha dor. Eu jamais vou poder cobrar de você um afeto, já que um dia eu mesma dispensei este. Queria apenas uma conversa. Uma. (Será que uma me basta? Tenho minhas dúvidas)
Enquanto isso você mora aqui. Nas minhas noites mal dormidas, nas lembranças constantes dos dias infinitos, na ansiedade de uma conversa e, porque não dizer, em um coração que insiste em doer por você.
Sou feliz? Sim e não tenho mais duvidas disso. Mas quero AQUELE sorriso. O seu. Me trás isso de volta? Só você pode, só você consegue.
Que falta você faz. Porque heim? O que você tem?
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Você ainda existe em mim
O grande problema disso tudo é que eu não tenho certeza se amanhã essa vontade ainda vai estar viva, se eu vou realmente desejar estar nos teus braços ou se estaremos realmente felizes um ao lado do outro.
Quer saber a verdade? Entre nós dois existiram momentos felizes e nunca uma felicidade real. Feliz é o que existe dentro de mim, isso sim é feliz. Gostar de você é tão feliz que eu nunca consegui deixar tudo pra trás.
A verdade, a verdade mesmo é que você nunca ficou para trás, faz parte dos meus dias, dos meus erros e acertos, dos meus passos para frente, ou dos que dou para trás. Sim, pode não reconhecer isso, mas você vive em mim, mora em mim e por mais que eu tente te expulsar eu decidi por mim mesma te manter dentro.
Que delícia te ver hoje... que delícia ouvir tudo que ouvi hoje! Sou tão feliz por isso... mesmo sabendo que nada mais existe e que isso foi apenas um alerta para que eu aceitasse que você ainda mora em mim!
Acredite você é parte de mim. A parte que não precisa mais de desejos, nem de beijos e carícias. A parte que não mais sorri quando não escuta a sua voz, que se perde por não mais te ver e que não respira aliviada quando pensa que não mais existo para você.
Hoje eu sorri por escutar a sua voz, me encontrei por poder te ver e respiro totalmente aliviada por ter a certeza de que estou tão acesa em você, quanto você em mim.
Escrever é a única maneira que eu tenho para mostrar para todos que você existe em minha vida e que não vou, e não quero, deixar que isso morra.
Que seja eterno...da maneira como deve ser!
domingo, 29 de maio de 2011
Começos, meios e fins....
"Eu sempre me apaixono por você. Todas as vezes que te vi, eu sempre me apaixonei por você." (Tati Bernardi)
E quando eu menos espera você aparece. Depois de anos, quando não restava mais sentimento algum que não fosse o esquecimento, você ressurge. Como quem não quer nada e como que nada fez. O interfone toca, ouço a sua voz e não entendo nada. Você veio arrependido, ou pelo menos pareceu estar. Isso resultou para mim em uma noite mal dormida e uns pensamentos aleatórios meio vagos: o que será de mim agora? Tanto tempo sem nem cogitar a possibilidade de voltar a saber da sua vida, tinha até me acostumado. Músicas de amor costumam falar que um dia a pessoa percebe que perdeu e se arrepende, mas eu sei que não era aquele o motivo de você me procurar, era puro desencargo de consciência. E tudo bem, meu amor, eu te perdôo, afinal, nada amolece mais o meu coração do que o seu sorrisinho tímido e o seu jeito de falar. Tanto foi desencargo de consciência que você sumiu de novo. E passaram-se anos, e eu sabia que daquele dia em diante a única coisa que tinha mudado era: você estava mais leve por ter sido perdoado e eu, mesmo sem acreditar, fiquei feliz pelo gesto de carinho e arrependimento. Quando pensava em você meu coração acelerava, eu abraçava o ursinho de pelúcia mais forte e pedia a Deus pra te proteger. E quando me perguntavam: e você e ele? Eu dizia: dele eu quero distância. E queria mesmo, sabia que qualquer atitude sua em relação a mim me desarmaria por inteira. Dito e feito. Hoje nós dois estamos pagando pelo que fizemos. Tudo que estamos passando hoje é consequencia da nossa imaturidade. Não julgo você e nem a mim, tanto que prefiro esquecer tudo o que passou entre nós de ruim. As pessoas que mais me amam nesse mundo querem te ver longe de mim, elas não gostam nem quando é falado o seu nome, e você sabe o porque, tudo fruto da sua imaturidade e loucura, loucura que ainda te acompanha, mesmo que em menor proporção. E eu, pago por ter falado tão mal de você, por ter aumentado as coisas e ter feito todo mundo concordar que você era o errado da história. Mas eu fiz isso para aguentar a dor que eu senti, eu tinha que suportar de algum jeito, e esse foi a minha válvula de escape. Eu não podia aceitar isso, mesmo se eu quisesse. Na medida em que as coisas aconteciam, eu chorava de tristeza, todas às vezes, acredito que nunca chorei de raiva. Mas a pressão era muita: "amiga, ele não te merece, ele é um filho da puta" e isso foi tomando conta de mim. Foram inúmeras sacanagens que você fez comigo e acho que você não tem ideia da proporção, e talvez nem eu tenha, porque hoje, eu te perdoei. Não só te perdoei como quero poder pegar você no colo e cuidar de você, quero poder ficar horas olhando pro seu olho e sorrindo. Quero e não quero. Sempre disse que eu me conhecia de mais, que sempre sabia quais seriam os meus próximos passos e até onde eu podia chegar. Engano meu. Esses últimos dias tenho ficado perturbada com o tanto que as coisas estão mudando. Será que é o tal amadurecimento? Logo eu que sempre me senti tão madura? Sei que tá estranho. Depois de todo esse turbilhão de acontecimentos, casos mal resolvidos entre nós dois, você voltou mais uma vez. No dia que eu te reencontrei te vi e comecei a tremer. Já tinha assumido pra mim que o que eu senti era um sentimento sem igual, tinha assumido para mim que você não podia ser uma pessoa tão ruim. As pessoas me diziam: ele mudou! Tudo bem, então vamos lá, porque não? E nesse dia você me surpreendeu mais ainda, a mim e a todas aquelas pessoas que me diziam no passado: “não fala desse menino, ele não te merece.” A rápida mudança de pensamento das minhas amigas me fez pensar bastante. Será mesmo que ele mudou? Vale à pena acreditar que nossa história vai ter continuidade? Preferi, sem fazer esforço (o que mais me intriga) que não queria nada além daquilo, de uma noite, uns beijos e declarações de amor. No começo eu apelava pra tudo pra te esquecer, era quase que um trabalho diário de controle de pensamento, de ocupar minhas mãos para não pegar o meu celular e te ligar, uma necessidade de te ver longe de mim. E hoje eu penso em você simplesmente quando eu quero, será que é resultado do meu esforço de antes? Só sei que quando eu te vejo, eu não quero saber do que você pensa de mim, de como foi eu e você no passado, do que você fez ou deixou de fazer, não quero saber dos seus amigos, pra onde você vai. Quando eu estou com você eu só quero aproveitar aquele tempo, quero poder te beijar, te abraçar, te sentir, te olhar. E pra mim a nossa história dura as horas que duram o nosso encontro, com começo meio e fim. Não quero saber de juras, de satisfações, de SMS, quero saber se um dia vamos encontrar de novo e fico esperando quando vai ser a próxima vez que você vai fazer o que é de seu costume: aparecer de repente! Acho que é isso que dá todo o brilho pra essa história continuar, e continuar desse jeito. E se por acaso o rumo da história mudar que seja como você: de repente!
domingo, 1 de maio de 2011
mais um dia pra lembrar
sexta-feira, 29 de abril de 2011
O susto.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
10 motivos pelo qual eu acredito no "para sempre"
2- Quando abro o MSN, a janela piscando ainda é a minha maior espera
3- Juntos, vivemos os mais curtos e intensos momentos.
4- Basta olhar pra você e sentir tudo aquilo outra vez.
5- Quando me provoca, consegue o que quer.
6- Porque sei que os momentos aconteceram no tempo certo.
7- Sei também que mesmo desejando, não há mais tempo nem lugar para esses momentos.
8- Seu sorriso ainda é capaz de me derreter.
9- Sei o quanto você, também, sente tudo isso.
10- Acredito no "para sempre" simplesmente por manter aceso todos esses pensamentos.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Eu quero um beijo de cinema americano, fechar os olhos fugir do perigo...
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Poder na ponta dos dedos
Ver as mãos sem brilho, cor ou que seja uma hidrataçãozinha pode até me tirar muito do sério. Aquelas cutículas pela metade pedindo pelo amor de Deus um alicate, são um forte sinal que precisamos muito de uma manicure. É exatamente nesse momento que me sinto ainda mais mulher. Os homens mal lembram que essas cutículas apontadas para cima existem.
Bom, fazer a unha é fundamental para incrementar a beleza feminina, mas e as cores? Elas na realidade não são apenas um espelho de feminilidade, vejo as cores como um retrato do humor de cada uma no momento que decide por ela.
Quando pego em um esmalte tenho a certeza de que é aquele que quero usar. Tem dias que o roxo é o meu preferido, pra mim ele vem acompanhado de ousadia, já em outros, vejo o cinza como o que se adéqua mais àquele momento, discreto e natural. Mas sem dúvida alguma o vermelho á a menina dos meus olhos, assim como o da maioria das mulheres, ele é o que aflora desejos e expõe com maior potência a “devassa” de cada mulher (plagiando a propaganda da Sandy).
É eu sem dúvidas vejo os esmaltes como um status que as mulheres usam para realçar aquilo que desejam, característica que nos tornam cada vez mais lindas e com o poder nas pontas dos dedos.
domingo, 10 de abril de 2011
Ele / Ela
E aquele filme todo passa na minha cabeça. As palavras me faltam, mas eu preciso escrever. Talvez porque assim seja um jeito de chegar mais perto do coração dele.
Ele foi sem dúvida a minha melhor surpresa. Ele era APAIXONADO comigo. Em letras garrafais pra que todos entendam o tamanho da paixão. Ele era APAIXONADO por cada pedaço meu. Ele AMAVA ficar me olhando e me admirando...
Era nítido como ele amava me ter com ele e era lindo o que ele sentia por mim. Alguém já recebeu uma carta escrita à mão com 8 páginas cheias, frente e verso, de uma pessoa que diz não saber o que é o amor ? Aquela carta foi de longe o presente mais lindo que eu já recebi em toda a minha vida e talvez a maior declaração de amor vinda dele mesmo não tendo explicitas as três palavras " eu amo você ".
" Eu desfrutava cada segundo ao lado daquela menina. Era impressionate o que Ela me passava, o que Ela me fazia sentir. Eu passava tempos observando-a, analisando cada traço de seu rosto, de seu corpo, cada detalhe, que me encantava. Às vezes Ela me percebia abobado, olhando de forma a deslumbrar sua beleza, e me perguntava: O que você está olhando ? Era impossível explicar pra Ela o que eu estava olhando, não tinha como descrever tamanha perfeição. Ela nunca entenderia porque eu ficava tão estupefato. Ela era encantadora, entorpecente. Ela era única, especial e bela. Com Ela montei uma lista, a lista dos nossos sonhos, daqueles que a gente já fez, daqueles que a gente ainda vai fazer e daqueles que apesar de terem que esperar um pouquinho são NOSSOS, nossos sonhos, e sonhos ninguém pode roubar, ninguém pode tirar da gente, são nossos e ponto. Como se pode notar, a história não tem fim, e é assim mesmo que eu desejo que ela seja, quero que minha história com você, seja assim, sem seguir uma ordem, sem seguir um padrão, sem ter começo, meio e fim. Você faz com que eu acorde cada dia mais disposto a viver, que eu acorde com um sorriso estampado no rosto pensando o quão é bom estar com uma pessoa que você realmente gosta, e que, quando isso acontece de verdade, você sabe, você descobre que é sincero "
Se a gente bate palma no final de alguma coisa por alguém, meus aplausos são Dele. Tenho uma ADMIRAÇÃO e um ORGULHO por Ele e pela nossa história fora do comum. " É, eu preciso dizer que te amo " ♫
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Tão Meu
segunda-feira, 28 de março de 2011
Insânia
Se eu quero me lembrar de você? Sim, eu quero. Com você vivi, talvez, as minhas maiores loucuras. E foi com você que criei coragem de fazer tudo o que sempre tive vontade. Foi você quem aflorou o meu desejo, me mostrou que sou muito "mulher".
Para mim você era um menino, o menino mais lindo. E a cada dia eu queria mais aquele menino. Como eu queria. Queria o beijo, queria as palavras e o melhor abraço do mundo. Você me fez esquecer o mundo, esquecer o que é amar, esquecer que existe o certo. O errado era justamente o que mais fazia parte de nós dois.
Juntos não sabíamos o que era juízo, e essa palavra era sequer mencionada. Juntos trocamos desejos e nada mais do que isso. Como é mencionado no delicioso filme Divã, "eu não o amei, amei a mim mesma naquela verdade inventada. Não era amor, era sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor".
Ele era isso, era saudade, era vontade, era um desespero. Era delicioso ver aquele rosto deitado junto ao meu, aquele cheiro misturado ao meu e aqueles braços que não saíam da minha volta. Éramos dois em apenas um. Momentos poucos, mas únicos e memoráveis. Ele era insano, e me fez ser insana também, eu amava isso.
Não existe história, não existiu mãos dadas, mas existiu mais, muito mais. Existiu felicidade, desejo, e como existiu desejo. E é por isso que eu ainda penso em você. É exatamente por isso que eu QUERO pensar em você.
Em queda livre
Preciso confessar que não é fácil controlar um coração apaixonado. Esse sabe ser teimoso, e insiste em querer gostar sempre do errado, do tentador e daquilo que faz bater frio na barriga.
Frio na barriga, que sensação é essa? E não tem coisa melhor. De acordo com estudos científicos, o frio na barriga é uma reação involuntária, causada pela impressão de estar frente ao desconhecido e ao imprevisível. O cérebro emite uma descarga de adrenalina que vem de um medo, susto ou ansiedade é aí que nos deparamos num estado de “dormência instantânea”, como se estivéssemos em queda livre.
Estar apaixonado pode, sim, ser como estar em uma queda livre. Neste momento a única coisa que passa na nossa cabeça é em que momento vamos nos ver livres daquilo, e quando chegamos ao fim o nosso único desejo é de que tudo voltasse no exato momento da queda. Torcemos para que aquele frio na barriga volte e que a queda não acabe outra vez.
Na realidade buscamos por esse frio na barriga, buscamos por estar sempre com o coração preenchido, mesmo que não correspondido. É sempre uma busca. Buscamos porque é bom, nos faz bem e nos causa a tão desejada adrenalina.
Afinal a adrenalina é um hormônio que todos nós possuímos que é um dos grandes responsáveis pela manutenção da vida. Quer explicação melhor para o fato de que queremos sempre estar apaixonados?
sexta-feira, 25 de março de 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
Milhares de tentações
quarta-feira, 23 de março de 2011
Saudade secreta
Monogamia
O namoro acontece quando duas pessoas se sentem dispostas a viver uma experimentação sentimental, a troca de conhecimentos e uma vivencia de comprometimento.
Tudo aconteceu da forma mais natural possível. Talvez uma batida de carro pudesse atrapalhar, mas não. Não houve o que pudesse impedir duas pessoas que tanto se entendiam e se admiravam a dar início a uma nova história.
Namorar é poder rir, sonhar, idealizar uma vida ao lado de quem te faz tão feliz. Foi isso que fizemos desde o nosso primeiro mês.
Em pouquíssimo tempo, as famílias eram uma só. O amor crescia e os sonhos sempre juntos. Tudo perecia que tinha sido sempre assim, como se um nunca tivesse vivido sem conhecer o outro.
A confiança e a cumplicidade foram armas fortes desde o inicio para que tudo desse sempre muito certo.
Monogamia é quando uma pessoa possui um único parceiro, na língua dos homens podemos chamar de fidelidade, amor, desejo.
terça-feira, 22 de março de 2011
Abra seu coração pra mim !
O mundo tem mania de dizer que deve-se omitir para que o outro dê valor, pois quanto menos se sabe, menor a certeza e a segurança para fazer o outro sofrer. Mas diz-se também que é quando se perde que se da valor. Como eu vou perder ou valorizar se eu nem sei o interesse do outro ? E nem sempre perder é sinônimo de valorização. É possível dizer o que não viveu ?
Se a vida lhe deu uma chance, por que não arriscar ? Por isso, abra seu coração pra mim. Me deixe entrar e fazer parte daquilo que pode ser um nós.
Ninguém é igual a ninguém e você não será inferior a mim por abrir seu coração. E se for recíproco ? A reciprocidade de sentimento é bem diferente da reciprocidade de atos, e eu aposto muito mais no sentimento. Eu só vou saber desta nossa igualdade de você me contar.
Cada um tem uma maneira de demonstrar ou viver um amor, por isso abra seu coração pra mim ?
Eu, Penélope e Abigail
Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à
depilação na virilha.
Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não
pesa tanto assim.
Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa.
Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso
aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso,
havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra
fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia
lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique.
Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.
Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona.
Oba, vou ficar que nem ela, legal.
Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da
sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do
outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos,
conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na
barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso
cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a
Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma
mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma
panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue
mesmo.
De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o
que ela faria com aquilo, mas fiquei
surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou
bem forte.
- Quer bem cavada?
- É... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail,
nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais
ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De
repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um
líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada
perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação.
E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem.
Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal.
Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada
havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue
jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a
possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em
minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.
Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia
esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter
aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval
continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas
topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor. Não bastasse minha
condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma
conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração
das duas. Estavam bem perto dali.
Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me
teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a
palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar
cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia
que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei
esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de
cara para ele, o olho que nada vê.
Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista.
Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la.
Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido
perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego
falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?
Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que
tivesse ali.Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história
mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais,
xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a
bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a
cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais,
vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E
agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala
isso sem antes pegar no peitinho?
Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da
perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha?
E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado
é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso.
Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
Texto retirado da internet, não é de autoria nossa.