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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Eu quero um beijo de cinema americano, fechar os olhos fugir do perigo...

Em meio a tanta gente naquele lugar, parecia só existir eu e você. O tão sonhado dia do encontro aconteceu. Não houve beijo, não houve mãos dadas, mas existiu o olhar, aquele olhar que vai além da alma, que vai além do coração.
Passei o meu melhor perfume, pra fixar mesmo, ele sempre disse gostar de lembrar das pessoas pelo seu cheiro. Vesti a melhor roupa, sem medo de estar feia, sabia que aos olhos dele eu estaria bonita. Fiquei vermelha, azul, roxa de vergonha. Só de pensar em encontra-lo minhas penas ficavam bambas e sentia um frio quase congelante na barriga. Minhas mãos suavam e eu mal podia esperar. E fui, na cara e na coragem. Ele fez questão de mim, ele me queria lá, no grupo de amigos dele que não tinham nenhuma relação comigo. Só homens, mais velhos, numa mesa de bar, e eu. Fui porque queria ir, e se não fosse, dormiria com vontade. Mesmo que eu ficasse horas calada na mesa, eu teria feito. E o que eu mais queria nesses últimos meses era estar com ele.
A ocasião não me deixava muito a vontade. Agora que já passou nem me lembro do que eu falei para entrosar. Acho que pra vergonha passar eu falei desenfreadamente e não gosto nem de pensar no que os amigos dele pensaram de mim. Mas ele estava ali, e isso me dava uma paz sem tamanho. Morri de vergonha, não tinha atitude, não tinha assunto e nem queria olhar pra expressão dele. Não conhecia ninguém e me senti uma intrusa. Tirando que na mesa ao lado estavam amigos em comum, que não entendiam nada. Não entendiam nada porque nosso 'caso' é secreto, não que ninguém possa saber, mas sempre existiu entre nós dois. Me sentei, conversei e não doeu, não paguei mico e nem fiz feio na frente dos amigos dele. Fui exatamente como eu sou, pelo menos foi o que eu acho que eu fiz.
Não demorou muito para a gente conversar, e a conversa fluiu. Os assuntos se encaixavam como se fôssemos feitos um para o outro. E fomos.
O que aconteceu eu não sei exatamente explicar, estou em êxtase até agora pensando em como é bom ter a companhia dele, em como ele me faz feliz e pode fazer ainda mais. Conversamos sobre tudo e lembro que ele dizia coisas que me encantavam, coisas que eu gostava de ouvir da boca dele. É ruim ficar na dúvida e é ótimo ter certeza, se ele se relacionava a mim eu não sei, mas ele falava exatamente tudo que eu estava pensando. Disse algumas coisas que eu não consigo lembrar. Naquele momento, sem exagero nenhum, eu fui ao paraíso e voltei, alias, acho que estou lá até agora, dormindo de conchinha com ele, numa praia deserta e vendo o por do sol.
Eu que garantia já ter sentido isso me sinto uma criança de 4 anos tomando o primeiro sorvete e se lambuzando toda. Me sinto como se tudo aquilo que já passou por mim fosse mera ilusão e que isso, que eu sinto agora é verdadeiro. Se é amor, paixão eu não sei, mas por ele, sinto uma admiração inexplicável, uma vontade de estar junto, uma paz que tira o meu sossego. É como se a primeira vez que eu o vi, ele tivesse plantado uma sementinha em mim e rega ela todos os dias e ela cresce linda e forte. Ele sim é uma pessoa que eu admiro, ele desperta sentimentos em mim que eu não sabia que existiam. Se é recíproco ou não, eu vou atrás desse sentimento, e só paro no dia que eu não sentir mais essa sementinha dentro de mim. Mas torço, de todo o coração que ele continue regando para que um dia ela vire uma árvore, com raiz e tudo. E que eu consiga fazer com que ele sinta pelo menos um pouco do que eu sinto por ele.
E que o mundo continue parando para nós dois, e que os sinos que tocaram hoje continuem tocando todas as vezes que a gente quiser sair desse mundo direto ao paraíso. Eu continuarei na espera de um dia só nosso.
' nosso encontro aconteceu como eu imaginava '

1 comentários:

Laura disse...

ARRASOU ! =))

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